quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Após um ano de trabalho árduo e intenso, que culminou num mês de Dezembro exaustivo, mas gratificante, vamos finalmente ter tempo para pôr a leitura em dia!
Assim, informamos que no próximo Sábado, dia 2 de Janeiro, a K de Livro faz uma pausa e reabre no dia 4 com energia renovada e pronta para mais um ano a trabalhar convosco.
Até para o ano!
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Café com Livros
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
A Terra das Ameixas Verdes
Herta Müller, a quem foi atribuído o Prémio Nobel da Literatura deste ano, é uma autora pouco conhecida e editada entre nós, no entanto a atribuição deste prémio valeu a reedição do seu livro A Terra das Ameixas Verdes que se encontrava esgotado havia algum tempo. Aproveitando a oportunidade decidi travar conhecimento com esta autora e com a sua obra.
Este é um livro de uma grande densidade emocional em que perpassa uma sensação de angústia permanente. Retrato de uma sociedade oprimida e constantemente controlada em que as perspectivas de vida não existem, esta é a história de quatro amigos e das suas dificuldades de adaptação à vida no seu país. Aprendemos tanto pelo que é dito como pelo que fica por dizer, a escrita de Herta Müller obriga-nos a ler muito nas entrelinhas tal como acontece com os seus personagens ."Espezinhamos tanto com as palavras na boca como com os pés na erva. Mas com o silêncio também." é uma das frases iniciais do livro e que nos dá logo uma perspectiva do que nos aguarda.
Este é um livro de uma grande densidade emocional em que perpassa uma sensação de angústia permanente. Retrato de uma sociedade oprimida e constantemente controlada em que as perspectivas de vida não existem, esta é a história de quatro amigos e das suas dificuldades de adaptação à vida no seu país. Aprendemos tanto pelo que é dito como pelo que fica por dizer, a escrita de Herta Müller obriga-nos a ler muito nas entrelinhas tal como acontece com os seus personagens ."Espezinhamos tanto com as palavras na boca como com os pés na erva. Mas com o silêncio também." é uma das frases iniciais do livro e que nos dá logo uma perspectiva do que nos aguarda.
Regina
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As nossas leituras
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Os Gropes
Tom Sharpe é, sem dúvida, um dos autores Britânicos com um sentido de humor mais desenvolvido. Autor famoso desde a "saga" Wilt, habituámo-nos a conviver nos seus livros com as situações mais caricatas e os protagonistas mais azarados que se possam imaginar. Neste livro deparamo-nos com a família Grope cuja particularidade é o facto de, ao contrário do que é comum, a linhagem ser de transmissão feminina e os homens que entram para o clã terem apenas finalidades procriativas. Ora esta família acaba de fazer uma nova "aquisição" masculina e ficamos a conhecer o protagonista e as aventuras da sua chegada à mesma da forma mais rocambolesca possível.
Hilariante, este é um livro cheio de peripécias e de personagens perturbadas que vamos descobrindo através de uma escrita límpida e de grande qualidade. Recomendável para todos os leitores que procurem uns momentos de diversão sem no entanto prescindirem da qualidade literária.
Regina
Hilariante, este é um livro cheio de peripécias e de personagens perturbadas que vamos descobrindo através de uma escrita límpida e de grande qualidade. Recomendável para todos os leitores que procurem uns momentos de diversão sem no entanto prescindirem da qualidade literária.
Regina
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sábado, 19 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
O Bobo
Do autor de "O Anjo mais estúpido" e "Minha besta", chega até nós "O Bobo", uma sátira à monarquia passada na época medieval, que não deverá ser lida sem que antes seja lido o aviso feito pelo autor no início do livro.
Pois é, não se pretende enganar ninguém: esta é de facto uma história indecente de traições, intrigas, mentiras, conspirações e cópulas frenéticas, contada por Pocket, o bobo do rei Lear da Grã-Bretanha. A acção passa-se no século XIII e irá fazer o leitor rir com as peripécias estapafúrdias que irão suceder ao longo do livro. Até um fantasma entra na história ("Há sempre o raio de um fantasma!"), para além de um ajudante de bobo palerma, uma mulher emparedada, três princesas traiçoeiras e gananciosas, enfim...personagens que serão a força motriz da narrativa.
Baseando-se na peça do Rei Lear de Shakespeare, mas distorcendo-a por completo e com incongruências temporais assumidas no final, pelo autor, Christopher Moore permite-nos dar asas à parvoíce - e à imaginação, claro - sempre com muito sentido de humor.
Patrícia
Pois é, não se pretende enganar ninguém: esta é de facto uma história indecente de traições, intrigas, mentiras, conspirações e cópulas frenéticas, contada por Pocket, o bobo do rei Lear da Grã-Bretanha. A acção passa-se no século XIII e irá fazer o leitor rir com as peripécias estapafúrdias que irão suceder ao longo do livro. Até um fantasma entra na história ("Há sempre o raio de um fantasma!"), para além de um ajudante de bobo palerma, uma mulher emparedada, três princesas traiçoeiras e gananciosas, enfim...personagens que serão a força motriz da narrativa.
Baseando-se na peça do Rei Lear de Shakespeare, mas distorcendo-a por completo e com incongruências temporais assumidas no final, pelo autor, Christopher Moore permite-nos dar asas à parvoíce - e à imaginação, claro - sempre com muito sentido de humor.
Patrícia
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As nossas leituras
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Aniversário da K de Livro.
A Livraria abriu há 7 anos. O que para nós é fantástico!
Peço desculpa não disfarçar a minha alegria mas não posso deixar de estar feliz.
A cultura em Portugal é tratada como se sabe, uma livraria numa pequena cidade é utópico ... chegar aos 7 anos de vida é, para nós, motivo de orgulho.
Obrigado a todos por fazerem com que este dia tenha chegado.
Nathalie.
Peço desculpa não disfarçar a minha alegria mas não posso deixar de estar feliz.
A cultura em Portugal é tratada como se sabe, uma livraria numa pequena cidade é utópico ... chegar aos 7 anos de vida é, para nós, motivo de orgulho.
Obrigado a todos por fazerem com que este dia tenha chegado.
Nathalie.
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Café com Livros
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
O Beijo do Ladrão
Retrato dos Estados Unidos do início do século XX feito por um carteirista a quem nos afeiçoamos esta história começa aquando do terramoto de 1906 em S.Francisco e atravessa, tal como o protagonista, as três décadas que se seguem.
São abordados assuntos como a fome na Irlanda, a reconstrução de S.Francisco após o sismo, as máfias dominantes na cidade-Italiana e Chinesa, a imigração e o racismo vivenciado pelas várias etnias e nacionalidades, a lei seca, a grande depressão, etc, tudo isto enquanto vamos calcorreando os Estados Unidos ao sabor das necessidades do protagonista. Ficamos ainda a conhecer a história do vinho na Califórnia.
Com uma escrita fluída e empolgante este é um livro que fácilmente podemos imaginar em filme, ou não fosse o seu autor, Alan Parker, um conceituado realizador e produtor de cinema. O Beijo do Ladrão é o seu primeiro romance mas mostra um bom domínio da narrativa e é uma leitura agradável para qualquer tipo de leitor.
Regina
Com uma escrita fluída e empolgante este é um livro que fácilmente podemos imaginar em filme, ou não fosse o seu autor, Alan Parker, um conceituado realizador e produtor de cinema. O Beijo do Ladrão é o seu primeiro romance mas mostra um bom domínio da narrativa e é uma leitura agradável para qualquer tipo de leitor.
Regina
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
A Leitora Real
Uma perseguição aos seus cães leva a rainha Isabel II a descobrir a carrinha da biblioteca itinerante e ela sente-se obrigada a requisitar um livro. Este é o ponto de partida da história que se inicia com uma rainha desconhecedora da literatura e que página a página, de impertinência em impertinência, se transforma numa ávida e esclarecida leitora.
Este livrinho (127 páginas) fala-nos das alterações que as nossas vidas sofrem quando lemos, tanto a nível da nossa sensibilidade como a nível da opinião que essa qualidade de leitores provoca naqueles que nos rodeiam. A leitura e os conhecimentos que ela nos traz são encarados neste livro por vários dos personagens como uma arma e logo como um alvo a abater:o não leitor teme o leitor.
Com um humor típicamente Britânico, este é um livro imperdível para os amantes da leitura.
Regina
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As nossas leituras
sábado, 5 de dezembro de 2009
O Outro Homem
Bernhard Schlink é um dos nomes cimeiros da literatura Alemã da actualidade e este livro é mais uma afirmação da sua excelente qualidade.
O Outro Homem é uma colectânea de contos cujos protagonistas são sempre homens, sempre Alemães e cuja insatisfação e busca constante de uma utopia nos levam a meditar sobre o sentido último da vida. Estes são, sem excepção homens em busca de uma identidade, de absolvição e que têm dificuldade em compreender e serem compreendidos. O amor, sempre presente, é mais um foco de incompreensão e tensões.
Contos de uma escrita literáriamente correcta, poética e muito filosófica que nos colocam perante uma Alemanha ainda em luta com o seu passado e a sua memória.
Regina
O Outro Homem é uma colectânea de contos cujos protagonistas são sempre homens, sempre Alemães e cuja insatisfação e busca constante de uma utopia nos levam a meditar sobre o sentido último da vida. Estes são, sem excepção homens em busca de uma identidade, de absolvição e que têm dificuldade em compreender e serem compreendidos. O amor, sempre presente, é mais um foco de incompreensão e tensões.
Contos de uma escrita literáriamente correcta, poética e muito filosófica que nos colocam perante uma Alemanha ainda em luta com o seu passado e a sua memória.
Regina
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As nossas leituras
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Novidades OQO
E eu que posso fazer?
José Campanari & Jesús Cisneros
(Resenha)
OQO Editora
12.50€
Quem roubou a lua?
Mario Catelli & Madalena Matoso
(Resenha)
OQO Editora
12€
Fumo
Antón Fortes & Joanna Concejo
(Resenha)
OQO Editora
20€
José Campanari & Jesús Cisneros
(Resenha)
OQO Editora
12.50€
Quem roubou a lua?
Mario Catelli & Madalena Matoso
(Resenha)
OQO Editora
12€
Fumo
Antón Fortes & Joanna Concejo
(Resenha)
OQO Editora
20€
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Infantil/Juvenil,
Livros na K
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
O que há de novo na K
História de Portugal
Coord. Rui Ramos
Esfera dos Livros
39€
Fantasy Art Now
Martin Mckenna
Editorial Estampa
26,25€
Dias felizes com Jamie Oliver
Jamie Oliver
Civilização
24,99€
Coord. Rui Ramos
Esfera dos Livros
39€
Fantasy Art Now
Martin Mckenna
Editorial Estampa
26,25€
Dias felizes com Jamie Oliver
Jamie Oliver
Civilização
24,99€
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Livros na K
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
A Queda do Muro
Este é o relato dos principais acontecimentos na Alemanha de Leste durante o mês que antecedeu a queda do muro de Berlim a 9 de Novembro de 1989. Descobrimos aqui a situação vivida na época segundo a perspectiva de vários elementos intervenientes directa ou indirectamente naqueles que foram os últimos dias da RDA.
O livro traça-nos o panorama político do país e do mundo - E.U.A., U.R.S.S., Polónia, Alemanha Ocidental, etc. à época dos acontecimentos, bem como a importância que as posições políticas e militares dos países Aliados e do Pacto de Varsóvia tiveram para o desenvolvimento da situação interna da RDA.
São relembrados factos históricos como o avanço para o poder do movimento Solidariedade, a ascenção de Gorbatchev, a liderança de Helmut Kohl, a importância da intervenção Soviética nos países do Bloco de Leste e o desmoronamento da política socialista, que viria a transformar o panorama político da Europa e do mundo com o término da guerra fria e consequente final da divisão do mundo em dois.
Mas este é também um livro que retrata os sentimentos individuais, a importância da participação de um povo como um todo, mas também de cada um em particular. Percebemos ainda que procuramos e lutamos por um ideal que julgamos ser comum mas que ao ser atingido se revela ter sido sonhado de formas diversas por cada um e ser uma desilusão para muitos.
Escrito em parceria pelos jornalistas Olivier Guez e Jean-Marc Gonin - um especialista em relações internacionais e o outro repórter que fez a cobertura da queda do muro e da abertura de todo o Leste da Europa, este livro é fundamental para relembrar ou descobrir um acontecimento que alterou a face do mundo no final do século XX.
Regina
O livro traça-nos o panorama político do país e do mundo - E.U.A., U.R.S.S., Polónia, Alemanha Ocidental, etc. à época dos acontecimentos, bem como a importância que as posições políticas e militares dos países Aliados e do Pacto de Varsóvia tiveram para o desenvolvimento da situação interna da RDA.
São relembrados factos históricos como o avanço para o poder do movimento Solidariedade, a ascenção de Gorbatchev, a liderança de Helmut Kohl, a importância da intervenção Soviética nos países do Bloco de Leste e o desmoronamento da política socialista, que viria a transformar o panorama político da Europa e do mundo com o término da guerra fria e consequente final da divisão do mundo em dois.
Mas este é também um livro que retrata os sentimentos individuais, a importância da participação de um povo como um todo, mas também de cada um em particular. Percebemos ainda que procuramos e lutamos por um ideal que julgamos ser comum mas que ao ser atingido se revela ter sido sonhado de formas diversas por cada um e ser uma desilusão para muitos.
Escrito em parceria pelos jornalistas Olivier Guez e Jean-Marc Gonin - um especialista em relações internacionais e o outro repórter que fez a cobertura da queda do muro e da abertura de todo o Leste da Europa, este livro é fundamental para relembrar ou descobrir um acontecimento que alterou a face do mundo no final do século XX.
Regina
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As nossas leituras
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Prémio Jacinto Prado Coelho
Foi ontem atribuído o prémio Jacinto Prado Coelho ao livro "Eduardo Lourenço e a Cultura Portuguesa" da autoria de Miguel Real.
Este prémio é responsabilidade da Associação Portuguesa de Críticos Literários que vem desta forma reconhecer o excelente trabalho deste autor na área do ensaio.
Este prémio é responsabilidade da Associação Portuguesa de Críticos Literários que vem desta forma reconhecer o excelente trabalho deste autor na área do ensaio.
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Os Livros e o Mundo
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Uma imagem vale mais do que mil palavras
"O Espelho", da autoria de Suzy Lee, editado pela Gatafunho, transmite uma série de sentimentos fortes apenas através da imagem. Permite ao "leitor" interpretar a história à sua maneira e provoca a reflexão. Poderá ser interessante trabalhar com a criança no sentido de levá-la a explorar a imagem, decifrar sentimentos e emoções da personagem e definir uma linha para a história.
Disponível na K
O Espelho
Suzy Lee
Gatafunho
14,70€
Da mesma autora, recomendamos também "Onda", outra história contada apenas por meio da ilustração.
Disponível na K
A Onda
Suzy Lee
Gatafunho
14,70€
Disponível na K
O Espelho
Suzy Lee
Gatafunho
14,70€
Da mesma autora, recomendamos também "Onda", outra história contada apenas por meio da ilustração.
Disponível na K
A Onda
Suzy Lee
Gatafunho
14,70€
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Infantil/Juvenil,
Livros na K
Novidades de outro planeta
Chegaram até nós, vindas directamente do Planeta Tangerina, estas duas novidades:
Depressa, Devagar
Isabel Minhós Martins / Bernardo Carvalho
"De manhã ao deitar, são estas as palavras que tomam conta do meu dia... Depressa, devagar."
Disponível na K
12.50€
Cá em casa somos...
Isabel Minhós Martins / Madalena Matoso
"Debaixo do mesmo tecto, junta-se uma quantidade considerável de elementos do corpo: cabeças, mãos, pés, ossos, dentes, fios de cabelo ou maminhas. Neste livro, a matemática ajuda a contar os dias e momentos da família que mora nesta casa. Feitas as contas, ficamos a conhecê-la muito melhor..."
Disponível na K
12.50€
Depressa, Devagar
Isabel Minhós Martins / Bernardo Carvalho
"De manhã ao deitar, são estas as palavras que tomam conta do meu dia... Depressa, devagar."
Disponível na K
12.50€
Cá em casa somos...
Isabel Minhós Martins / Madalena Matoso
"Debaixo do mesmo tecto, junta-se uma quantidade considerável de elementos do corpo: cabeças, mãos, pés, ossos, dentes, fios de cabelo ou maminhas. Neste livro, a matemática ajuda a contar os dias e momentos da família que mora nesta casa. Feitas as contas, ficamos a conhecê-la muito melhor..."
Disponível na K
12.50€
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Livros na K
sábado, 21 de novembro de 2009
A Biblioteca da Piscina
William é um jovem oriundo da alta sociedade Londrina cuja vida ociosa e egoísta se cruza acidentalmente com a de Lorde Nantwich. Desse encontro surge uma relação e através dos diários deste último descobrimos a sua vida que atravessa o século XX - dos anos 20 a 1983, ano em que se passa a acção.
Tendo como pano de fundo o meio homossexual Londrino do início dos anos 80 são abordados temas tão diversos quanto o colonialismo, o racismo, a exclusão social das minorias étnicas, a guerra das Malvinas e a perseguição motivada pelas preferências sexuais. Tudo isto convivendo com um dia-a-dia de promiscuidade sexual, num ambiente de hedonismo e volubilidade só possíveis numa época pré SIDA. A busca permanente e infrutífera de um objectivo que nem os próprios terão devidamente definido deixa transparecer uma sensação de insatisfação e decadência. Este é um livro repleto de referências à arte, desde a arquitectura, passando pela pintura, fotografia, música e sobretudo literatura-essencialmente Oscar Wilde e Ronald Firbank. Com uma escrita depurada não se inibindo, no entanto, em usar uma linguagem explícita e crua o autor consegue transmitir a imagem do meio em questão sem subterfúgios nem escândalo.
A Biblioteca da Piscina é o primeiro romance de Alan Hollinghurst e valeu-lhe o Somerset Maugham Award em 1989. Deste autor está disponível a tradução portuguesa do livro A Linha da Beleza pelo qual recebeu o Booker Prize em 2004, tendo ainda o mesmo sido considerado pela revista Granta um dos melhores jovens autores Britânicos no ano de 1993.
Regina
Tendo como pano de fundo o meio homossexual Londrino do início dos anos 80 são abordados temas tão diversos quanto o colonialismo, o racismo, a exclusão social das minorias étnicas, a guerra das Malvinas e a perseguição motivada pelas preferências sexuais. Tudo isto convivendo com um dia-a-dia de promiscuidade sexual, num ambiente de hedonismo e volubilidade só possíveis numa época pré SIDA. A busca permanente e infrutífera de um objectivo que nem os próprios terão devidamente definido deixa transparecer uma sensação de insatisfação e decadência. Este é um livro repleto de referências à arte, desde a arquitectura, passando pela pintura, fotografia, música e sobretudo literatura-essencialmente Oscar Wilde e Ronald Firbank. Com uma escrita depurada não se inibindo, no entanto, em usar uma linguagem explícita e crua o autor consegue transmitir a imagem do meio em questão sem subterfúgios nem escândalo.
A Biblioteca da Piscina é o primeiro romance de Alan Hollinghurst e valeu-lhe o Somerset Maugham Award em 1989. Deste autor está disponível a tradução portuguesa do livro A Linha da Beleza pelo qual recebeu o Booker Prize em 2004, tendo ainda o mesmo sido considerado pela revista Granta um dos melhores jovens autores Britânicos no ano de 1993.
Regina
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Meio Sol Amarelo
Este livro, premiado com o Orange Prize, passa-se no sudeste da Nigéria, entre os anos 60 e 70. A Nigéria tinha-se tornado independente da Inglaterra apenas na década de 60 e as fronteiras do país não foram definidas de acordo com territórios antigos, o que levou a que este país fosse povoado por diferentes etnias - os haúças, os fulanis, os iorubas e os ibos. Este facto era responsável por preconceitos mútuos e desentendimentos que levaram a vários motins e, ao fim de algum tempo, à Guerra Civil da Nigéria, desencadeada por uma revolta militar levada a cabo, maioritariamente por ibos, para exigir que o seu território (sudeste) fosse reconhecido como a República do Biafra, independente da Nigéria.
É este o contexto histórico em que Chimamanda Ngozi Adichie situa o seu romance, contando-nos a história de duas irmãs ibo e seus companheiros, e de como essa família ultrapassa mentiras e tragédias familiares, em que condições vivem durante a guerra e como tentam sobreviver à fome, aos bombardeamentos e às doenças. Faz-nos pensar que as nossas prioridades podem mudar rapidamente e como coisas que eram antes tão banais podem passar a ser um luxo.
Com uma linguagem muito acessível, a autora não se limita a fazer um relato histórico, antes nos envolve nas vidas dos personagens, provocando no leitor alguns sorrisos e, quem sabe, algumas lágrimas. Uma história que nos permite reflectir sobre preconceitos e valores, levando-nos, talvez, a valorizar mais o que temos.
Recomendo a todo o tipo de leitores!
Patrícia
É este o contexto histórico em que Chimamanda Ngozi Adichie situa o seu romance, contando-nos a história de duas irmãs ibo e seus companheiros, e de como essa família ultrapassa mentiras e tragédias familiares, em que condições vivem durante a guerra e como tentam sobreviver à fome, aos bombardeamentos e às doenças. Faz-nos pensar que as nossas prioridades podem mudar rapidamente e como coisas que eram antes tão banais podem passar a ser um luxo.
Com uma linguagem muito acessível, a autora não se limita a fazer um relato histórico, antes nos envolve nas vidas dos personagens, provocando no leitor alguns sorrisos e, quem sabe, algumas lágrimas. Uma história que nos permite reflectir sobre preconceitos e valores, levando-nos, talvez, a valorizar mais o que temos.
Recomendo a todo o tipo de leitores!
Patrícia
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
Alex e eu
Irene Pepperberg é uma cientista Norte-Americana com formação na área da química mas que ao chegar à altura de optar por uma carreira e de forma quase acidental percebe que o que pretende fazer é estudar o comportamento animal. Quando se coloca a questão de qual o animal a estudar não sente qualquer dúvida e opta pelas aves, concretamente pelos papagaios. É assim que Alex surge na sua vida. Alex é um papagaio cinzento que Irene vai "trabalhar" durante 30 anos. Ao longo do livro Irene vai-nos falando do seu trabalho com esta ave, da sua luta para conseguir manter a investigação, das batalhas travadas por ambos, da aprendizagem feita por Alex e, acima de tudo, da relação entre eles.
Este é um livro que de forma clara e compreensível retrata o meio universitário Americano, o trabalho científico e a afectividade que inevitavelmente surge entre as pessoas e os animais quando há um contacto tão intenso e duradouro como foi este. É espantoso o que ficamos a saber sobre a inteligência animal, dos papagaios mas não só, ao lermos este livro.
Regina
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Stilton em BD
Para os fãs do Stilton, o rato jornalista, a Planeta lançou novas aventuras em novo formato - BD!
E há novas aventuras para conhecer, também em banda desenhada, escritas pela irmã de Geronimo - Tea Stilton. A história tem como protagonistas as 5 Tea Sisters, aspirantes a jornalistas, sempre atentas a novos casos para investigar!
Não percas estas novidades que a K tem para ti!
P.V.P. 12.80€
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terça-feira, 10 de novembro de 2009
Quem ama odeia
Este é um pequeno livro que diz muito. Comecemos pelos autores: Silvina Ocampo e Adolfo Bioy Casares dois nomes de referência da literatura mundial do século xx.
A história: o doutor Humberto Huberman decide tirar uma férias na praia de Bosque del Mar para poder dedicar-se ao seu trabalho no Satiricon de Caio Petrónio. Ao chegar ao seu destino vê-se envolvido num crime. A procura do criminoso leva-nos a vivenciar os vários sentimentos dos vários suspeitos: amor, ódio, inveja, cobiça, etc. Tudo isto num décor de início do século xx, nos confins da Argentina, durante uma tempestade de areia e onde transparece uma sensação de decadência total, tanto do meio quanto dos personagens. Escrito de forma a ir directo ao essencial, em capítulos muito curtos, tem um ritmo cadenciado que nos prende desde o primeiro momento.
Regina
A história: o doutor Humberto Huberman decide tirar uma férias na praia de Bosque del Mar para poder dedicar-se ao seu trabalho no Satiricon de Caio Petrónio. Ao chegar ao seu destino vê-se envolvido num crime. A procura do criminoso leva-nos a vivenciar os vários sentimentos dos vários suspeitos: amor, ódio, inveja, cobiça, etc. Tudo isto num décor de início do século xx, nos confins da Argentina, durante uma tempestade de areia e onde transparece uma sensação de decadência total, tanto do meio quanto dos personagens. Escrito de forma a ir directo ao essencial, em capítulos muito curtos, tem um ritmo cadenciado que nos prende desde o primeiro momento.
Regina
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O Chão dos Pardais
Dulce Maria Cardoso é de entre os novos autores portugueses uma peça fundamental na literatura feita hoje em Portugal. O prémio que lhe foi recentemente atribuído pela União Europeia para a Literatura é apenas mais uma prova disso. O Chão dos Pardais é o novo título desta autora que é editada pela Asa e cujos anteriores livros têm vindo a ser reeditados. Esta não é uma escritora de quem possamos dizer que tem uma escrita acessível e fluída, no entanto este seu novo romance é de leitura mais simples do que os anteriores sem, apesar disso, deixar de estar bem escrito e nos contar uma história interessante. Esta é a história de Alice, Afonso, Sofia, Clara, Manuel e vários outros personagens que inicialmente julgamos não terem nada em comum, mas que a determinada altura percebemos serem os vários elementos da mesma história. Um aspecto interessante neste livro é a inserção das novas tecnologias na história, isto é, alternadamente com capítulos que podemos considerar de uma narração "normal", aparecem-nos outros em que a narração é feita via diálogo em MSN. Podemos considerar este um romance dos tempos modernos tanto pela sua forma, como por alguns temas abordados, nomeadamente a homossexualidade feminina, a imigração de Leste em Portugal, a insatisfação profissional das novas gerações, mas é também e essencialmente um conjunto de histórias de desamor (a vários níveis) e da impossibilidade da felicidade, num enredo que nos encaminha constantemente para o abismo.
Regina
Regina
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
O que há de novo na K?
A Guerra é para os Velhos
John Scalzi
Gailivro
Colecção 1001 Mundos
17.90€
Christopher Moore
O Bobo
Gailivro
17.90€
John Scalzi
Gailivro
Colecção 1001 Mundos
17.90€
Christopher Moore
O Bobo
Gailivro
17.90€
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Livros na K
sábado, 7 de novembro de 2009
Festival de BD da Amadora
O livro A metrópole feérica- Terra incógnita vol.I de José Carlos Fernandes e Luís Henriques editado pela Tinta da China foi o grande vencedor do festival de BD da Amadora deste ano.
Foi premiado nas categorias de melhor álbum português, melhor argumento e melhor desenho para álbum português.
Foi premiado nas categorias de melhor álbum português, melhor argumento e melhor desenho para álbum português.
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Os Livros e o Mundo
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Novidades na K
Alex e eu
Irene M.Pepperberg
Caderno
15€
Picos e Vales
Dr,Spencer Johnson
Lua de papel
12€
O que é a Bíblia
Pe. Carreira das Neves
Casa das Letras
18€
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