Rawi Hage é um escritor nascido em Beirute e que viveu a guerra durante alguns anos. É, por isso, a pessoa certa para escrever sobre os vários temas abordados neste livro.
O protagonista é um árabe cuja identidade e país de origem desconhecemos. A história contada quase totalmente na primeira pessoa leva-nos até ao Canadá, durante o inverno e logo aqui começam os contrastes que marcam a vida deste personagem: o frio por oposição ao calor do seu país natal. Mas os contrastes são muitos e diversos: a cultura, o estilo de vida, as condições económicas da população em geral.
Somos confrontados com os sentimentos e pensamentos de um protagonista que não compreende a sociedade em que não consegue inserir-se e em relação à qual sente uma forte repugnância e que também inveja pelas oportunidades que não lhe foram proporcionadas pelo facto de ser de outra nacionalidade, de outra raça.
Este é também um personagem marcado por uma infância e juventude em condições difíceis concretamente a existência de um pai alcoólico e violento, os maus-tratos sofridos pela mãe e pela irmã e ainda o assassinato desta pelo marido pelo qual ele se sente responsável.
As suas vivências neste exílio que poderia ser, mas não é, a solução para os seus problemas chegam-nos através das suas palavras que nos apresentam a sua terapeuta, o seu círculo de amigos, outros exilados. A verdade é que o passado não o abandona e por razões diversas, entre elas a sua incapacidade de ter um relacionamento equilibrado seja com os seus companheiros de destino seja com as mulheres que atravessam a sua vida, acaba por determinar o curso da sua vida.
Tal como o anterior romance deste autor Exílio tem uma escrita acessível e envolvente mesmo se o ambiente do livro é sombrio e angustiante.
Regina
O protagonista é um árabe cuja identidade e país de origem desconhecemos. A história contada quase totalmente na primeira pessoa leva-nos até ao Canadá, durante o inverno e logo aqui começam os contrastes que marcam a vida deste personagem: o frio por oposição ao calor do seu país natal. Mas os contrastes são muitos e diversos: a cultura, o estilo de vida, as condições económicas da população em geral.
Somos confrontados com os sentimentos e pensamentos de um protagonista que não compreende a sociedade em que não consegue inserir-se e em relação à qual sente uma forte repugnância e que também inveja pelas oportunidades que não lhe foram proporcionadas pelo facto de ser de outra nacionalidade, de outra raça.
Este é também um personagem marcado por uma infância e juventude em condições difíceis concretamente a existência de um pai alcoólico e violento, os maus-tratos sofridos pela mãe e pela irmã e ainda o assassinato desta pelo marido pelo qual ele se sente responsável.
As suas vivências neste exílio que poderia ser, mas não é, a solução para os seus problemas chegam-nos através das suas palavras que nos apresentam a sua terapeuta, o seu círculo de amigos, outros exilados. A verdade é que o passado não o abandona e por razões diversas, entre elas a sua incapacidade de ter um relacionamento equilibrado seja com os seus companheiros de destino seja com as mulheres que atravessam a sua vida, acaba por determinar o curso da sua vida.
Tal como o anterior romance deste autor Exílio tem uma escrita acessível e envolvente mesmo se o ambiente do livro é sombrio e angustiante.
Regina
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