J.K.Rowling

A autora da saga Harry Potter mudou de estilo e vai agora editar um livro para adultos. 

Os pormenores são quase inexistentes mas pode ficar a saber mais aqui.

Nós prometemos ficar atentos.

Correntes d'Escritas

Com início hoje e prolongando-se até ao próximo sábado dia 25,  o encontro literário mais importante em terras Portuguesas já está a dar que falar: Revista Correntes d'Escritas deste ano dedicada a Eduardo Lourenço, Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas atribuído a Rubem Fonseca.

Para mais informação ver aqui e aqui.

O crime de Lord Arthur Savile e outros Contos

Como o título indica trata-se aqui de um livro de contos. Numa seleção de Jorge Luís Borges,  a compilação dos cinco contos aqui presentes é uma amostra diversificada de temas e de estilos.

O conto que dá título ao livro é o mais extenso e mostra-nos quão ténue é o limite entre o Bem e o Mal. Em O Fantasma de Canterville temos um fantasma a assombrar uma mansão e as dificuldades que o mesmo sente perante a instalação de uma nova família na casa. Os três últimos contos são quase contos de fadas.

Em todas estas histórias o humor irónico é uma constante e o retrato da sociedade de finais do século XIX é implacável.

A leitura de Oscar Wilde permanece uma fonte de prazer.

O Ano da Seca

Víctor Álamo de la Rosa é um dos valores da nova literatura Espanhola sendo que tem publicados livros de poesia, de literatura infantil e vários romances.

 O Ano da Seca transporta-nos para a inóspita Ilha Menor, retrato de El Hierro-Canárias, durante a ditadura franquista. Terra esquecida até por Deus, como alguns personagens vão referindo, as suas gentes dividem-se entre as lides do campo e a pesca. Para muitos a única escapatória possível a uma vida de miséria e medo é emigrar para a América. Neste ambiente agreste a paixão de dois adolescentes é algo que vai contra a corrente, mas será possível resistir?

Com um excelente domínio da arte da escrita, um toque de lirismo e muito realismo este livro é intenso e marcante.

Regina

Ilustrarte

Sábado foi dia de ir visitar a V bienal de ilustração Ilustrarte. 

A forma como este ano estão expostos os trabalhos dos muitos ilustradores presentes é muito original e o aspeto do conjunto funciona muito bem.

 O autor em destaque é o António Torrado e para quem tivesse dúvidas da vastidão da sua obra, aqui ficariam totalmente dissipadas.

Também o artista Martin Jarrie está em grande destaque com uma exposição retrospetiva.

Como habitualmente a entrada é grátis e para além da exposição,  o museu da eletricidade também vale bem a visita.

Doutor Jivago

Boris Pasternak foi Prémio Nobel de Literatura no ano de  1958 e para isso em muito este fantástico romance épico, publicado precisamente nesse ano,  terá contribuído. 

Esta é a história de Iuri Jivago, médico de formação e poeta,  cuja postura perante o regime soviético lhe trará vários dissabores. Iuri é um homem culto, oriundo do meio burguês,  que luta pelos seus ideais e que se vai apercebendo da forma errada como a revolução se desenrola e das crueldades e injustiças de que os Russos são vítimas impotentes e constantes. A vida amorosa de Iuri vai também sofrer os percalços deste período de terror. Há quem considere que Iuri é um alter-ego de Pasternak dado este também ser um poeta com  problemas com o regime, tendo mesmo sido enviado para um Gulag.

Um excelente retrato dos anos que antecederam e se seguiram à revolução Russa, das esperanças e consequentes desencantos sentidos por uma população ávida de justiça e sucessivamente massacrada.

De notar que este livro apenas foi editado na União Soviética após a abertura proporcionada pela Perestroika e que aquando da atribuição do Prémio Nobel, Boris Pasternak foi impedido de o receber.

Regina

Charles Dickens

Passam hoje 200 anos sobre o nascimento de Charles Dickens. 

Autor de obras tão famosas como David Copperfield,  Grandes Esperanças, Oliver Twist e tantas outras que fazem parte da nossa formação literária, Dickens é hoje, e ao longo de todo o ano de 2012, celebrado em Inglaterra e por todo o mundo.

E que melhor forma há de comemorar o nascimento de tão grande escritor? Lendo, claro! Por que não ir à estante de casa, da livraria ou da biblioteca e relembrar ou descobrir a sua escrita, sempre interventiva e que nos proporciona um retrato fiel da época?

Fica o desafio.

Correntes D'Escritas

Mais uma vez o mês de Fevereiro traz de volta as Correntes d'Escritas. Este ano terão lugar entre 23 e 25 deste mês e foi ontem conhecido o programa.

Para saber mais deixamos a ligação ao portal municipal da Póvoa de Varzim onde o evento decorre.

Wislawa Szymborska

A poeta Polaca que em 1996 recebeu o Prémio Nobel da Literatura morreu ontem aos 88 anos. 

Para saber mais ver o Público.

A História de Irena Sendler

Quando a Polónia foi invadida pelos Alemães em Setembro de 1939 Irena Sendler era assistente social no Departamento de Bem Estar Social de Varsóvia. A preocupação com as condições de vida dos que a rodeavam era já algo que pertencia ao seu quotidiano. O domínio Alemão e as condicionantes que este trouxe para os Polacos em geral, mas mais concretamente para os Judeus, apenas exacerbaram a dedicação desta mulher às causas sociais.  Correndo  risco de vida, como qualquer cidadão que desse qualquer tipo de ajuda a Judeus, Irena e a sua equipa, primeiro com apoios oficiais e posteriormente na clandestinidade, conseguiram retirar do gueto de Varsóvia e apoiar na sua inserção no exterior cerca de 2500 crianças.

Este é o relato, muitas vezes na primeira pessoa, desses tempos duríssimos,  mas é também um testemunho da importância que a ação de muitos cidadãos comuns, no entanto não indiferentes, teve na luta pela vida dos que não tinham qualquer hipótese de sobrevivência em alternativa.

Assim, não estamos perante apenas mais um livro sobre a Segunda Guerra Mundial ou sobre o Holocausto. É sim  uma homenagem àqueles que não hesitaram em prescindir da sua segurança para conseguir a dos outros,  e dos que tantos anos depois insistem em relembrar o terror que foi aquela época, e como muito bem diz  Marcelo Rebelo de Sousa no prefácio, continua a existir no mundo um pouco por todo o lado nos dias que correm.

E porque , como diz Irena "Há 2 tipos de pessoas:as boas e as más. Nacionalidade, raça e religião não desempenham qualquer papel; o importante é o tipo de pessoa que se é", este é um livro que nos faz acreditar na Humanidade e na sua capacidade de, entre tanto mal que nos rodeia, haver sempre alguém que não olha a meios para fazer o Bem.

Regina