quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A Escada de Corda

Mungo tinha uma boa vida em Londres. Vivia a sua adolescência sem que lhe faltasse nada naquele meio cosmopolita, até que um dia lhe faltou o pai. O pai morre e deixa imensas dívidas que o obrigam e à sua mãe a sair de casa e a mudarem-se para a casa dos falecidos avós. No campo. Na "Terra do Estrume", rodeados de "estrumeiros" de risco ao meio e cabelo seboso. Assim que chega a esse local onde, para ele, todos estão "mortos", odeia-o de imediato, pois não parece haver nada para fazer nem avista qualquer sinal de desenvolvimento civilizacional. Contudo, num dia de chuva intensa, conhece um rapaz homónimo que lhe expõe outros pontos comuns que o irão deixar curioso. Toda esta mudança irá fazer Mungo repensar muitas situações da sua vida, pôr em causa verdades que tinha como inabaláveis e irá levá-lo a fazer descobertas incríveis.

Embora esteja, à primeira vista, vocacionado para um público mais juvenil, este livro agradará também ao público mais adulto. Pelo menos, foi o que aconteceu comigo. É de leitura acessível e mantém sempre as expectativas em aberto quase até ao final, levando-nos a elaborar teorias que justifiquem momentos em que a realidade parece imaginação ou loucura. Com descrições bastante cómicas, mas também com alguns momentos de intensidade emocional, toca-nos pelo facto de estarmos a assistir ao desmoronar de uma família que sofreu uma enorme perda e, em especial ao modo como o filho lida com a morte do pai.


Para ler quando nos apetece algo mais leve, com humor, para descontrair.


Patrícia

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