sábado, 30 de abril de 2011

É Um Livro

Chegou há uns dias uma novidade bem divertida da autoria de Lane Smith e editado pela Editorial Presença. O seu nome é: É Um Livro, e de forma muito eficaz faz a comparação entre um livro e um computador.
Os personagens são um macaco - fã de livros; e um burro - "agarrado" aos computadores.
Atenção este não é simplesmente um livro para crianças...É uma delícia!

Venham conhecê-lo na Feira do Livro de Pombal.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

XVII Feira do Livro de Pombal












A Feira do Livro de Pombal começa neste Domingo e o trabalho já vai adiantado! Visite-nos lá de 1 a 8 de Maio. Pode consultar o programa da feira aqui.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Árvore Vermelha


A Árvore Vermelha já chegou à nossa livraria...
e é um livro simplesmente magnífico.



Um livro de Shaun Tan, vencedor do Astrid Lindgren Memorial 2011, editado pela Kalandraka.

terça-feira, 26 de abril de 2011

A Humilhação

Novo romance de Philip Roth em Portugal e mais um protagonista masculino que procura um caminho para a sua vida. Simon Axler, actor a mãos com uma crise de inspiração, de confiança e de identidade, decide refugiar-se na sua casa de campo. Aí, Pegeen, 20 anos mais nova do que ele, vai irromper na sua vida e dar-lhe um novo ímpeto e novas esperanças. No entanto, as suas expectativas para esta relação são defraudadas e o final será dramático.
Estamos novamente perante um homem que se aproxima do final da vida e que se sente desorientado, frustrado e, essencialmente, só.
Ninguém como Philip Roth nos consegue envolver a este ponto na intimidade masculina, na sua dificuldade em enfrentar a perda de capacidades provocada pelo envelhecimento e nas dúvidas que assolam os seres humanos quando olham para trás e pensam no que foi o seu percurso de vida.
Regina

O Último Livro

Um cliente da livraria Papyrus morre sem causa aparente enquanto folheia um livro. O inspector Lukic é chamado a tomar nota da ocorrência. No espaço de poucos dias as mortes sucedem-se e Lukic, grande amante de literatura, vê-se confrontado com um livro mortífero, um novo amor, a interferência dos serviços secretos; e tem ainda de lidar com os seus mais íntimos fantasmas.
A um ambiente de suspense e investigação, junta-se o fantástico e a explicação para estas mortes será tudo menos simples.
Segundo livro de Zoran Zivkovic a chegar até nós, o Último Livro é de leitura compulsiva.
Regina

sábado, 23 de abril de 2011

Mensagem do Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor

Autoria de Urbano Tavares Rodrigues

Dia 23 de Abril de 2011

Dos mais antigos e preciosos manuscritos, por vezes maravilhosamente iluminados, ou seja cobertos de ricas ilustrações, à descoberta da imprensa, que inicia um processo de democratização da leitura, ao aparecimento dos primeiros jornais, ainda de reduzida circulação, ao surto da imprensa moderna, o livro, de começo destinado a um escol de leitores, não tarda a chegar às massas devido ao ruído social e até ao escândalo de obras como as de Victor Hugo, que trazem ao público o milagre, o mistério, a aventura prodigiosa.

O Germinal e outras obras de Zola foram extremamente motivadoras para a conquista de um círculo muito abrangente de leitores. Só tarde se vulgarizou o subproduto romanesco, a partir de obras com certa qualidade, que foram imitadas, vulgarizadas, estereotipadas.

O livro, que às vezes provinha do folhetim, ganhou cor, beleza, tornou-se umas vezes discreto, outras vezes berrante para chamar a atenção do público mais simplório. Suportou a concorrência do cinema e da televisão, com os quais estabeleceu relações íntimas de interpenetração.

Já muito mais tarde sofreu a concorrência da Internet e resistiu-lhe. O modelo de globalização neo-liberal, que não afecta a grande literatura, marcou profundamente os subprodutos muito vendáveis, contendo lixo literário. Há por vezes o que parece ser uma concessão a processos um pouco fáceis de sedução do leitor. Mas continua a fazer-se muito boa literatura. A digitalização dos livros lançados na Internet preocupa alguns puristas, mas a verdade é que o livro em papel resiste. É com ele que se adormece à noite e por fim nos cai das mãos ou é enfiado debaixo do travesseiro, companheiro querido, onde por vezes se escrevem anotações, juízos, comentários, críticas ou pequenos elogios, que o valorizam aos olhos dos bibliófilos.

O livro tornou-se um amigo, foi nele que em muitos casos, nos descobrimos, com ele crescemos e nos transformamos, permanecendo fiéis ao mais profundo da nossa natureza. Lembro-me sempre do que foi para mim, como descoberta íntima do meu ser, a leitura de L’exile et le royaume, de Albert Camus. Camus, de quem vim a tornar-me amigo, morreu cedo, abruptamente, num acidente de automóvel. Restam-me dele retratos e os seus livros, palpitantes de vida, anotados por mim, desde O mito de Sísifo, que traduzi para português, aos outros, tão vivos, alguns cobertos de gatafunhos como La chute, que me inspirou o comportamento de um mentiroso compulsivo numa curta novela.

A terminar esta breve série de considerandos sobre o livro, a sua trajectória no tempo, a sua magia glorificada como resistência do espírito, que é e será contra a barbárie economicista, que reduz tudo a dinheiro. Desejo que brilhe com a suprema luz da paz e da fraternidade universal este novo dia do livro.

Urbano Tavares Rodrigues

Via blogue do Encontro Livreiro.

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor


Comemora-se hoje o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, iniciativa da UNESCO que data de 1996. Lisboa, Évora, Beja e Vila Franca de Xira são algumas das cidades a destacar no respeitante a comemorações alusivas a este dia. Leia mais no Público.

A Revista Ler assinala a data com a distribuição de várias edições da revista nos jardins de Lisboa e do Porto.

O cartaz da DGLB é da autoria de João Vaz de Carvalho. Este ano, o passatempo associado a esta data intitula-se Voluntários da Leitura e visa incentivar o voluntariado com populações em situação de isolamento ou exclusão social, reafirmando a leitura como um factor que contribui para a melhoria das condições de vida das populações.

Um dia, um guarda-chuva...


Um dia, um guarda-chuva... ficou esquecido dentro de um autocarro. Uma passageira usou-o para afugentar um ladrão de carteiras e, a partir daí, foi um sem parar de peripécias.
No final, depois de muitas voltas, o guarda-chuva acabou o dia onde menos se esperava...

Novo livro da Planeta Tangerina, disponível na K.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Páscoa

Amanhã é feriado e vamos fazer uma pequena pausa... mas voltamos no Sábado! E estaremos cá, como habitualmente, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00 para as vossas compras de última hora.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Em preparação...
















Já começámos a preparar a XVII Feira do Livro de Pombal! Não estranhem, portanto, se não houver grandes novidades por aqui...!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pequena Abelha

Este livro vem envolto em mistério e isso aguçou a minha curiosidade. A técnica de marketing resultou plenamente, mas, em abono da verdade, o texto não precisa dessas artimanhas pois é de facto muito bom.
Abelhinha é uma refugiada Nigeriana há dois anos num centro detenção de ilegais em Inglaterra, a sua libertação vai levá-la até Sarah enquanto nós vamos descobrindo dois mundos diferentes e o que une estas duas mulheres.
Com capítulos narrados em alternância na primeira pessoa pelas duas mulheres, Chris Cleave coloca-nos no centro de questões existenciais mas também da intimidade de ambas e de dois mundos que apesar de tão diversos são, no essencial, tão próximos.
Com uma escrita que nos envolve desde a primeira até à última linha, estamos perante um livro que nos surpreende e que nos deixa, apesar de todo o Mal que nele consta, uma réstia de esperança na Humanidade.
Regina

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sempre que penso em ti

Ana Sands foi evacuada de Londres, em 1939, assim como milhares de outras crianças, para ficarem protegidas dos eminentes ataques aéreos. Teve a sorte de ficar num casarão no campo, onde teve aulas, fez novos amigos, descobriu, conheceu, explorou e presenciou coisas que jamais imaginara. Ana é uma criança curiosa e inquieta e acaba por ver no professor Ashton, dono da propriedade, um modelo a admirar. Tudo corre bem até que se sucedem algumas tragédias, que irão alterar por completo o rumo da sua vida e de outras pessoas também, onde o amor ou a falta dele são, em última instância, o tema transversal.
Embora o título e a capa sejam característicos de uma literatura light, o livro não o é. Foi finalista do Orange Prize e também do Amazon Rising Stars e é um livro de leitura bastante acessível, não chegando a grandes banalismos nem a uma escrita demasiado elevada, pelo que penso que poderá ser lido por qualquer pessoa que procure uma história com um enredo que se torna interessante ao longo do livro, embora seja possivelmente mais do agrado do público feminino.

Patrícia

sábado, 16 de abril de 2011

LeV


Decorre este fim-de-semana e até dia 19 em Matosinhos o encontro literário LeV - Literatura em Viagem.

Como já vem sendo habitual neste que é o segundo mais importante encontro literário português, estão presentes muitos e bons autores deste género, oriundos de vários pontos do mundo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pergunta ao pó

John Fante, escritor Americano que viveu entre 1909 e 1983, só começou a ser devidamente reconhecido após a sua morte tendo sido fonte de inspiração para autores como Jack Kerouac e Charles Bukowski.
Nesta minha segunda incursão pela sua obra deparei-me com um protagonista que já tinha conhecido na minha leitura anterior deste autor: Arturo Bandini.
O jovem, considerado por muitos o alter ego de John Fante, mudou-se do seu Colorado natal para a Los Angeles dos finais dos anos trinta. Aí tenta encontrar inspiração para a escrita. Com um conto publicado vê-se perseguido pela angustia da falta de ideias para a escrita, da escassez de dinheiro, da solidão de uma cidade inóspita. É no meio deste cenário que trava conhecimento com Camilla, uma jovem empregada de mesa, por quem irá nutrir uma relação de amor/ódio que terá um desfecho dramático.
Mais uma vez estamos perante personagens que não se sentem bem na sua pele e que não conseguem adaptar-se às circunstâncias de uma vida tão diferente dos sonhos. Destaque também para um constante sentimento de culpa e remorso provocados por uma educação católica repressiva e castigadora.
Regina

terça-feira, 12 de abril de 2011

Prémios...

O Prémio Internacional de Compostela para Album Ilustrado foi atribuído ao livro El camino de Olaj, de Martín León-Barreto Johnson (Guadalajara, Espanha).
Este prémio é organizado pelo Departamento de Educação do Município de Santiago de Compostela e a editora Kalandraka e o seu valor é de 12000€.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Victoria

Johannes é filho de um moleiro. Victoria é a menina do castelo. Entre ambos o amor é impossível, no entanto as vidas de ambos vão girar em torno dele: Johannes inspira-se neste amor para escrever, Victoria, cuja família entretanto perde a fortuna, irá viver dilacerada por ele até à sua morte.
Escrito em finais do século XIX, estamos perante um romance de extrema delicadeza e sensibilidade. É tanto o que o autor escreve como o que se deixa adivinhar, sempre com uma grande envolvência poética que nos faz lembrar os grandes clássicos quer da literatura como do teatro e do cinema. Mais uma pérola que a Cavalo de Ferro nos traz.
Regina

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Os Demónios de Berlim

Depois de há dois anos ter travado conhecimento com a escrita de Ignacio Del Valle por intermédio do seu romance A Arte de Matar Dragões, decidi repetir a dose e embrenhar-me neste relato da derrocada do reich.
A acção passa-se precisamente nos dias anteriores à queda de Berlim às mãos dos Sovieticos e Arturo Andrade, um Espanhol em serviço na Alemanha, vê-se envolvido numa investigação que o levará a cruzar-se com muitas figuras centrais do poder nazi.
Num cenário de destruição total o que pode um homem? Até onde podem ir os demónios que encerramos? É possível a sobrevivência sã neste contexto? Qual o papel do amor?
O desenlace desta investigação é simplesmente a confirmação das respostas a estas perguntas que o protagonista se vai ( e nos vai) colocando.
Um bom romance, mistura de thriller e romance histórico que nos faz um retrato duro da guerra.
Regina

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Novidades na K de Livro






Os Idealistas, Zoë Heller - Editorial Presença












Não Quero Fazer Ballet!, Ann Bonwill e Teresa Murfin - Dinalivro











O Último Livro, Zoran Zivkovic - Cavalo de Ferro

terça-feira, 5 de abril de 2011

Cata Livros

Projecto da Fundação Calouste Gulbenkian/Casa da Leitura utiliza a internet para a aproximação dos públicos jovens(essencialmente entre os 8 e os 12 anos) aos livros. O sítio cuja apresentação é feita hoje é construído com base numa casa na qual ao ícone da Casa da Leitura - o mocho - se junta um corvo. haverá mensalmente a escolha de um tema com um livro em destaque, sendo os principais critérios de escolha a qualidade literária e estética dos mesmos.
Para todos os amantes de literatura infantil fica o link de mais um sítio imprescindível.

sábado, 2 de abril de 2011

Comemorações do Dia Internacional do Livro Infantil

Um pouco por todo o país, comemora-se hoje o Dia Internacional do Livro Infantil. Leia sobre algumas dessas comemorações no blog Letra Pequena.

O cartaz da DGLB para assinalar este dia é da autoria de Bernardo Carvalho:


Dia Internacional do Livro Infantil

Mensagem do 2 de Abril de 2011, Dia Internacional do Livro Infantil *

«O LIVRO RECORDA “Quando Arno e o seu pai chegaram à escola, as aulas já tinham começado.” No meu país, a Estónia, quase toda a gente conhece esta frase de cor. É a primeira linha de um livro intitulado Primavera. Publicado em 1912, é da autoria do escritor estónio Oskar Luts (1887-1953). Primavera narra a vida de crianças que frequentavam uma escola rural na Estónia, em finais do século xix. O Autor escrevia sobre a sua própria infância e Arno, na verdade, era o próprio Oskar Luts na sua meninice. Os investigadores estudam documentos antigos e, com base neles, escrevem livros de História. Os livros de História relatam eventos que aconteceram, mas é claro que esses livros nunca contam como eram de facto as vidas das pessoas comuns em certa época. Os livros de histórias, por seu lado, recordam coisas que não é possível encontrar nos velhos documentos. Podem contar-nos, por exemplo, o que é que um rapaz como Arno pensava quando foi para a escola há cem anos, ou quais os sonhos das crianças dessa época, que medos tinham e o que as fazia felizes. O livro também recorda os pais dessas crianças, como queriam ser e que futuro desejavam para os seus filhos. Claro que hoje podemos escrever livros sobre os velhos tempos, e esses livros são, muitas vezes, apaixonantes. Mas um escritor actual não pode realmente conhecer os sabores e os cheiros, os medos e as alegrias de um passado distante. O escritor de hoje já sabe o que aconteceu depois e o que o futuro reservava à gente de então. O livro recorda o tempo em que foi escrito. A partir dos livros de Charles Dickens, ficamos a saber como era realmente a vida de um rapazinho nas ruas de Londres, em meados do século xix, no tempo de Oliver Twist. Através dos olhos de David Copperfield (coincidentes com o olhar de Dickens nessa época), vemos todo o tipo de personagens que ao tempo viviam na Inglaterra — que relações tinham, e como os seus pensamentos e sentimentos influenciaram tais relações. Porque David Copperfield era de facto, em muitos aspectos, o próprio Charles Dickens; Dickens não precisava de inventar nada, ele pura e simplesmente conhecia aquilo que contava. São os livros que nos permitem saber o que realmente sentiam Tom Sawyer, Huckleberry Finn e o seu amigo Jim nas viagens pelo Mississippi em finais do século xix, quando Mark Twain escreveu as suas aventuras. Ele conhecia profundamente o que as pessoas do seu tempo pensavam sobre as demais, porque ele próprio vivia entre elas. Era uma delas. Nas obras literárias, os relatos mais verosímeis sobre gente do passado são os que foram escritos à época em que essa mesma gente vivia. O livro recorda.»

Aino Pervik (autora estónia, 1932-)
Jüri Mildeberg (ilustração do cartaz)
Tradução: José António Gomes

*A Mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil é uma iniciativa do IBBY (International Board on Books for Young People), difundida em Portugal pela APPLIJ (Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil), Secção Portuguesa do IBBY.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Booker Prize

Alguns dias após ter sido editado em português o Prémio Booker de 2010 ficámos a conhecer os finalistas deste mesmo prémio no ano de 2011. Assim os 13 escritores finalistas são:
Wang Anyi (China), Juan Goytisolo (Espanha), James Kelman (Reino Unido), John le Carré (Reino Unido), Amin Maalouf (Líbano), David Malouf (Austrália), Dacia Maraini (Itália), Rohinton Mistry (Índia/Canadá), Philip Pullman (Reino Unido), Marilynne Robinson (EUA), Philip Roth (EUA), Su Tong (China), Anne Tyler (EUA).
O anúncio do vencedor será feito a 18 de Maio.
Já há alguma polémica a envolver os nomeados deste ano visto que John Le Carré informou que não escreve para receber prémios.


Também esta semana foi conhecido o vencedor do Prémio Astrid Lindgren Memorial de 2011: o autor, ainda inédito em Portugal, chama-se Shaun Tan e tinha já dois importantes prémios no seu palmarés - Óscar para melhor curta-metragem de animação deste ano e melhor livro do Festival de Angoulême 2008. A sua estreia por cá será no próximo dia 8 com Contos dos Subúrbios.