sábado, 13 de fevereiro de 2010

a máquina de fazer espanhóis

O que nos aguarda no final das nossas vidas? É possível ainda a felicidade na velhice? Como encarar os dias que nos restam? Estas são algumas das muitas questões levantadas pelo mais recente romance de valter hugo mãe.
antónio silva tem oitenta e quatro anos e o seu mundo desaba. As mudanças que se seguem irão levá-lo a questionar toda a sua vida e a sua postura perante a mesma e perante a sociedade em que viveu.
Somos conduzidos através do desmoronamento de todas ou quase todas as convicções deste "homem bom" enquanto também o seu corpo se vai debilitando.
Este é sem dúvida um livro sobre a velhice e tudo o que lhe está associado - decadência física e mental, solidão, perda, medo da morte, etc. mas é também um livro que aborda a cidadania, a amizade, o amor e a possibilidade de felicidade mesmo quando julgamos não haver futuro.
A escrita é fluida e com ritmo, alternando entre momentos de pessimismo e outros de grande humor. É também muito poética. A história prende-nos e tem alguns pormenores muito originais como a inclusão de personagens de outros autores:o Esteves sem metafísica do Pessoa ou o inspector Jaime Ramos de Francisco José Viegas.
Regina

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