Este é o seu primeiro romance a ser publicado após a atribuição do Nobel da Literatura 2010 e foi mais uma oportunidade para mim de ler este excelente autor.
O Sonho do Celta é a biografia romanceada dessa figura defensora dos direitos dos oprimidos que foi Roger Casement, um Irlandês ao serviço do rei Inglês - serviço que lhe daria o grau de Sir - primeiro no Congo Belga e depois no Peru. No início do século XX Roger é uma das vozes que se levanta, numa época de exploração atroz do Homem pelo Homem, contra a forma desumana como os autóctones do Congo são utilizados pelos colonizadores Belgas na colheita da borracha. Após o sucesso que é o seu relatório denunciando esta situação, surge o convite para novo relatório, desta vez na selva Amazónica onde os Peruanos são suspeitos de infligir maus tratos aos Índios, também na exploração da borracha.
O homem que começa por ser um devoto e fiel servidor da Coroa Britânica vai lentamente começando a sentir-se dividido entre este dever e o seu dever como Irlandês cujo país está ocupado pelos Ingleses em conseguir a independência do seu país. Este é um excelente retrato da época e de um homem que viveu dividido entre as suas várias obrigações morais que se lhe foram impondo e uma intimidade extremamente dilacerante.
Escrito com grande sensibilidade, a evolução do protagonista é suave e bem enquadrada surgindo com naturalidade. Este livro é sem dúvida, caso ainda fosse necessário, a confirmação de um grande escritor com um domínio total da arte da escrita.
Regina
O Sonho do Celta é a biografia romanceada dessa figura defensora dos direitos dos oprimidos que foi Roger Casement, um Irlandês ao serviço do rei Inglês - serviço que lhe daria o grau de Sir - primeiro no Congo Belga e depois no Peru. No início do século XX Roger é uma das vozes que se levanta, numa época de exploração atroz do Homem pelo Homem, contra a forma desumana como os autóctones do Congo são utilizados pelos colonizadores Belgas na colheita da borracha. Após o sucesso que é o seu relatório denunciando esta situação, surge o convite para novo relatório, desta vez na selva Amazónica onde os Peruanos são suspeitos de infligir maus tratos aos Índios, também na exploração da borracha.
O homem que começa por ser um devoto e fiel servidor da Coroa Britânica vai lentamente começando a sentir-se dividido entre este dever e o seu dever como Irlandês cujo país está ocupado pelos Ingleses em conseguir a independência do seu país. Este é um excelente retrato da época e de um homem que viveu dividido entre as suas várias obrigações morais que se lhe foram impondo e uma intimidade extremamente dilacerante.
Escrito com grande sensibilidade, a evolução do protagonista é suave e bem enquadrada surgindo com naturalidade. Este livro é sem dúvida, caso ainda fosse necessário, a confirmação de um grande escritor com um domínio total da arte da escrita.
Regina
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