Che é um rapazinho de quase oito anos que foi criado pela avó, em Nova Iorque. Sobre os seus pais - activistas radicais, estudantes de Harvard, - sabe aquilo que lhe contaram. Até que, um dia, a sua mãe vai buscá-lo e (espera ele) irá levá-lo a ver o pai. É o dia que Che mais aguardara. Contudo, as coisas não correm como ele sonhara e passa a viver na clandestinidade, começando a descobrir que não pode confiar em toda a gente e que nem tudo o que parece é, especialmente num mundo que não é o seu.
Por meio de uma escrita não linear em termos cronológicos, Peter Carey (vencedor por duas vezes do Booker Prize) situa-nos na América dos anos 60 e 70, mas essencialmente consegue transmitir sentimentos e sensações intensas, embrenhando também o leitor nesta fuga até chegar à selva tropical australiana, sempre receando que o desfecho seja trágico. O protagonista é um personagem adorável e extremamente bem conseguido, que nos cativa e que queremos ansiosamente ver estabilizado e em segurança.
Patrícia
1 comentário:
Obrigada pela colaboração!
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